Últimas Notícias

Previous Next
  • 1
  • 2
  • 3
07-11-2025 Embaixador da Argentina em Portugal reuniu com a SDM para conhecer o CINM... A Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM) recebeu, no passado dia 31 de Outubro, a visita d...

Ler mais
07-11-2025 Madeira reforça papel estratégico na economia europeia... Presidente da SDM destaca contributo do Centro Internacional de Negócios da Madeira em conferên...

Ler mais
06-11-2025 CINM apresentado no Madeira Games Summit   A Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM) marcou presença na primeira edição do ...

Ler mais
10-10-2025 SDM apoia Prémio de Economia da Escola Secundária Francisco Franco... A Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM) voltou a associar-se à Escola Secundária de Fra...

Ler mais
29-09-2025 CEO de empresa do CINM nomeado Embaixador Europeu de Cibersegurança... Thomas Berndorfer, CEO da Connecting Software, empresa licenciada no Centro Internacional de NegÃ...

Ler mais
19-09-2025 CINM responsável por 75% das exportações da Madeira... De acordo com a análise elaborada pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM), re...

Ler mais

"Uma oportunidade de vida"

sailor2

O testemunho inédito de um profissional do Registo Internacional de Navios.

Ao longo dos anos, a S.D.M., como entidade responsável pela gestão e promoção do Centro Internacional de Negócios da Madeira, tem procurado dar a conhecer os contributos dos diferentes sectores de actividade da praça para a economia regional, a vários níveis e através de vários meios.

O testemundo que é partilhado aqui no nosso site sobre a experiência profissional de um madeirense num navio registado no MAR, que nos foi proporcionado por sugestão e iniciativa própria, regista alguns dos aspectos divulgados oportunamente pela S.D.M., sublinhando contributos que decorrem da actividade relacionada com o Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR).

Numa crónica que denominou de "Uma oportunidade de vida", Pedro Santos, madeirense de origem, começou por recordar que após ter acabado os estudos na ENIDH, a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique em Lisboa, a qual oferece várias Licenciaturas e Mestrados para navegadores, não estava à espera que a procura de emprego fosse "tão difícil e longa".

"A situação económica global, o número decrescente de empresas de navegação portuguesas, assim como a falta de presença da ENIDH no mundo, complicaram e prolongaram o processo", considera este profissional. Para além disso, o facto de Portugal ter apenas uma escola náutica, e de restarem apenas poucas empresas de navegação que operam navios mercantes no nosso país hoje-em-dia, tem duas consequências principais na perspectiva de Pedro Santos; "menos e menos marinheiros portugueses conseguem encontrar emprego e a nossa competência marítima está a decrescer".

Para o marinheiro madeirense, foi graças ao Registo Internacional de Navios da Madeira e à colaboração da EUROMAR, parceira da S.D.M. na Alemanha, que recebeu uma oportunidade de trabalho para integrar a prestigiada empresa de navegação Peter Döhle Schiffahrts-KG, em Maio deste ano, a bordo do navio M/V Viona, que arvora a bandeira portuguesa e tem no casco inscrito o nome Madeira, tornando-se o primeiro marinheiro português a ser contratado pela empresa.

sailor1

A adaptação às novas rotinas e ao novo espaço envolvente, em particular no primeiro mês, foi muito difícil, como refere Pedro Santos, que diz ter enfrentado momentos de ansiedade e ultrapassou alguma natural falta de conhecimento da realidade e as dificuldades de comunicação.

"O trabalho a bordo é duro. Trabalhos de manutenção no convés durante o dia, acostagem e operações de carga nos portos e estudar durante a noite na ponte para aperfeiçoar as aptidões náuticas são as atividades que preenchem a maior parte do meu dia" diz o madeirense.

"O estudo, em particular, o compromisso total e as longas horas de trabalho foram as chaves para o meu desenvolvimento a bordo", recorda.

Como a tripulação da M/V Viona é originária de vários países, a língua de trabalho é o inglês. Para Pedro Santos, trabalhar neste ambiente tem sido uma oportunidade para "melhorar o inglês e conhecer culturas diferentes", dando como exemplo o facto do chefe de cozinha ser das Filipinas, portanto, proporcionando à tripulação, também a este nível, experiências gastronómicas únicas com refeições com um toque asiático especial.

Mas nem tudo são dificuldades, já que por estar a navegar no Báltico, entre São Petersburgo, Dunquerque e Antuérpia, pode "disfrutar do verão da Europa do Norte, incluindo as suas noites claras e longas na zona do mar Báltico e do mar Norte", aspecto que contrabalança, desabafa Pedro Santos, "os tempos em que tenho saudades da família e amigos".

"Apesar do horário rigoroso e do cansaço inerente à função, aspecto ao qual é prestada muita atenção no navio, quando vejo o nascer ou o pôr do sol no horizonte, eu sei que vale todo o esforço, porque essa imagem não tem preço", reforça.

Pedro Santos conclui o seu testemunho confessando que tem um sonho: "trabalhar a bordo e um dia ter a oportunidade de ter o comando de um navio como comandante". Porque, "por ser português eu sinto aquela ligação especial ao mar e acredito que o crescimento da frota de navios com bandeira portuguesa terá vantagens para o nosso país". Razão fundamental porque se sente "orgulhoso e com esperança por ver mais e mais navios arvorando a bandeira nacional e que o porto de origem seja a Madeira, como é demonstrado por grandes navios mercantes nos portos em todo o mundo."

 

 

FaLang translation system by Faboba